O seu gesto constituía uma maneira subtil de não esquecer que também se havia de transformar em pó. (Melville)

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Feridas profundas


Landim (V.N. de Famalicão) - Janeiro 2011

Fico sempre perplexo quando (ainda) percorro alguns concelhos do Minho, entre outros, claro está. Existem estradas que são vilas e estradas que são cidades. Corredores que trespassam os povoados sem princípio nem fim; delimitações javardas de supostas zonas industriais e arremessos de campo misturados com fancaria urbana. O espaço rural mitiga-se e apaga-se em encruzilhadas de bouças, ruelas e áreas comerciais avulso. Ao longe, uma agricultura recortada pela história do minifúndio e das famílias, com resmas de estufas a recordarem-nos que as estações se tornaram uma encruzilhada sem sentido.

Alguma beleza, e uma ferida profunda.

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