O seu gesto constituía uma maneira subtil de não esquecer que também se havia de transformar em pó. (Melville)

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Fartos de enganos

in Zebreiros, Foz do Sousa (15-06-11)

Uma curva e um olhar assim ao Douro, penso: gosto disto.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Portugal em festa II

São João da Madeira, Junho 2011

Sempre gostei da antecipação da festa. Um gajo às vezes nem dormia. Aprecio esse vazio, a preparação, os pequenos nadas. Depois fica o vazio também. Os co(r)pos e as memórias dispersas do dia seguinte.

domingo, 12 de junho de 2011

O 10 de Junho e as bandeiras dos nossos avós

Castelo de Lanhoso, (10-06-11)

Aqui estou, bem no cimo do Monte do Pilar, quase deitado no – supostamente - maior monólito granítico de Portugal. Um santuário substituiu no séc.XVIII parte do castelo, alimentando-se da sua pedra. Preferiríamos o castelo todo, e mais houvesse. Entretanto, respira-se bem, entre pensamentos elevados e duas ou três famílias passeantes, onde o decoro minhoto se traduz em relações familiares de enlevado carinho: “olha-me aquele filho-da-puta, que não para quieto”- dizia a avó visivelmente orgulhosa sobre o traquina do neto…

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Portugal em festa

Vila de Arganil, 07-06-11

Chega-se a Arganil, por exemplo, percorrendo o IP3 e a IC6, viagem de vista agradável e sempre radical no governo do veículo que nos transporta. Parece que as tropas napoleónicas andaram por aqui, o que se confirma pelo elevado número de ruínas que rodeiam a vila antiquíssima. Ali, o Mont’Alto chama-nos, enquanto percorremos com o olhar e o corpo, o Largo de Ribeiro de Campos, rodeado de casario antigo, com alguns exemplares belíssimos abandonados. Percorrendo as ruas estreitas acavaladas de casas, não pude deixar de pensar num centro histórico de uma cidade grande. Não havia dúvida, estava em Portugal. E aproximava-se a festa.



Rua do Jornal de Arganil, Arganil, (07-06-11)