O seu gesto constituía uma maneira subtil de não esquecer que também se havia de transformar em pó. (Melville)

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Experiência 11: alvores

(GP)
[2011]

Não se consegue perceber por que razão as pessoas asseguram não reparar nos sítios por onde passam, mesmo aqueles, sobretudo esses, por onde se cruzam com os dias de forma regular. Acostumados com a expressão passa-nos tudo ao lado, acedemos compreensivelmente ao passa-nos tudo ao lado sobretudo aquilo que nos é (supostamente) mais familiar, mas se assim é, se essa premissa for válida, essas coisas que julgamos familiares, mais não são do que escolhos estranhos que reconhecemos timidamente de passagem. Nem sempre a beleza é para aí chamada, mas certo é perdê-la dando-a por adquirida. Se calhar, às vezes, é preciso parar nas curvas. 

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