[Londres - Jan. 2012]
Podemos perder-nos num parque. Podemos continuar
perdidos. Podemos ser engolidos por uma multidão em Oxford Street, imaginando
De Quincey à procura da sua amada (de facto foram duas). Podemos descer ao
centro da terra com um livro de Verne nas mãos, qual paleontólogos de
meia-tigela. Podemos roubar carris suficientes para fazer mais um trajecto
alternativo Porto-Lisboa. Podemos encontrar o século XIX numa esquina. Podemos
facilmente imaginar o Sebald a imaginar-nos algures. Podemos descer a um bar e
entrar nas catacumbas da memória. Podemos encontrar um mapa de uma cidade que
já não existe. Londres sabe disso. Londres sabe-a toda.
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